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IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL

AFETOS E REENCONTROS MARCAM O ENCONTRO ANUAL DE AVALIAÇÃO DA CESE

Seguindo os protocolos de saúde e higiene, a CESE realiza reunião de avaliação sobre as atividades desenvolvidas durante o ano de 2021

Chega o final de mais um ano de muito trabalho. Foi um ano difícil e que exigiu da nossa organização empenho, criatividade e compromisso para seguir realizando nossa missão. O vídeo RETROSPECTIVA 2021 traz alguns destaques do trabalho da CESE no ano. Agradecemos a participação e compromisso de todos e todas na construção de uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Seguiremos firmes, plantando sementes e em resistência em 2022!

Após dois anos de pandemia, a CESE reúne presencialmente pela primeira vez toda sua equipe executiva e diretoria institucional para o fechamento de mais um ano de trabalho. O momento foi de avaliação e de perspectivas para o próximo ano, mas foi também de afetos e reencontros. “Somos sobreviventes de uma pandemia, apesar das perdas. Chegar até aqui depois de todo esse período de dificuldades é motivo de celebração e comemoração.”, iniciou Sônia Mota, diretora executiva da CESE.

Para conectar com o espaço, a organização convidou as pessoas presentes para um momento devocional, do advento ecumênico – o tempo litúrgico para a chegada de Jesus. A pastora Bianca Daébs, assessora para Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CESE, e o Bispo João Câncio Peixoto, diretor institucional, conduziram a mística. Em referência ao trabalho da equipe da CESE, Dom Peixoto trouxe o testemunho de João Batista para a preparação e celebração de novos tempos: “Somos Joãos/Joanas Batistas. O serviço da CESE é encarnado no espírito do advento, que leva a mensagem de paz, amor, justiça, solidariedade e esperança contra as estruturas injustas da sociedade.”. E Bianca complementa: “É tempo de esperançar e aguardar dias melhores. Que a dor seja transformada em esperança. E a esperança em alegria.”

Seguindo com ambiente de fé e esperança, a CESE fez um balanço sobre suas atividades diante da sobreposição de emergência nos tempos atuais de crise. O momento foi ilustrado por um vídeo que apresentou, através de desenhos gráficos feitos à mão, um panorama sobre a atuação da organização em 2021. Uma breve retrospectiva das estratégias de atuação para o fortalecimento das lutas populares e cumprimento da sua missão. Os setores internos tiveram a oportunidade de mais uma vez se ver enquanto coletivo, e os novos membros da diretoria de conhecer um pouco mais sobre o trabalho: “Uma diaconia para semear e colher coisas boas, indo contra a corrente, em busca de um projeto alternativo e uma outra possibilidade de viver.”, descreveu o Diácono Luciano Santana, segundo secretário da CESE.

A exposição das principais atividades realizadas no ano culminou na apresentação dos principais eixos de ação da organização: Diálogo e Articulação; Formação; Incidência Política; Projetos; Comunicação; Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso; e Gestão. A direção institucional e os/as integrantes da CESE refletiram coletivamente sobre os destaques, entraves e desafios que subsidiarão o planejamento de 2022.

Para analisar o trabalho implementado e rememorar a trajetória de contribuição da CESE na defensa a democracia e os direitos humanos, José Carlos Zanetti, assessor de Projetos de Formação da organização, foi convidado de honra para falar sobre a Semana dos Direitos Humanos e levar sua mensagem de esperança de dias melhores:

“O ciclo de vida da CESE, tem a ver muito com a minha vida pessoal e política. Entrei Acompanhei uma efervescência importante da anistia e o fato de a declaração universal dos direitos humanos surgir sobre os escombros da Segunda Guerra, marcou muito todos nós e a CESE em particular, por conta de seu lado progressista. É indissociável a luta por direitos e a luta por democracia.”

Admiro a coragem da exposição política e pública em plena ditadura, não só pelo gesto, mas pela massificação dois milhões de exemplares da declaração distribuídos em todo o país. Sua decisão política foi ouvir os clamores do povo, estar ao lado dos mais judiados/as, ambientalistas, indígenas, jovens negros/as da periferia, quilombolas e todos/as que vivem dizimados/as diariamente. A discussão que vale é qual é a relevância, se valeu a pena a nossa luta, em que medida foram efetivadas e o que ainda podemos fazer.

De um lado há uma inconformidade com a injustiça, mas ao mesmo tempo temos pequenas conquistas, quando uma comunidade quilombola é titulada ou pedaço de terra é distribuído. São aperitivos do reino, com diz Leonardo Boff, pequenos fragmentos que celebramos e que nos estimulam para continuar a luta. Lembramos da Semana dos Direitos Humanos para reforçar o papel de relevância da CESE e o quanto pode contribuir para defesa de direitos e para democracia.”, afirmou  Zanetti relacionando a trajetória da organização e sua história pessoal de grande aliado das lutas populares.

O dia de atividades foi encerrado com uma cerimônia ecumênica de Natal, seguida de um jantar de confraternização. A celebração da noite contou com a presença especial do ex-presidente da CESE, Padre Marcus Barbosa, que pode se despedir da equipe com uma mensagem de Natal. Um espaço para partilha de sentimentos, sonhos e desejos para o ano de 2022.

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